quinta-feira, 26 de novembro de 2009

wrong girl.



Ao sair, ele a encontrou arrumando os cabelos da mesma forma que havia feito em seu

mais recente encontro. Ela andou na direção dele. Ele se perdeu novamente. Seu coração estava prestes a pular do peito por ter um espaço pequeno demais para ele se movimentar da forma que gostaria. Os olhos do menino foram diretamente ao chão, por medo de encontrar os dela, por medo de entrar em transe novamente, para evitar ser enfeitiçado mais uma vez. Ela passou reto por ele, deixando um rastro com seu perfume. Era o melhor aroma que ele ja sentira em toda a sua vida, era como se não houvesse nada tão bem combinado quanto o cheiro natural da pele dela, misturado ao perfume dela. O que ele mais queria, dessa vez, era saber como seria a combinação do cheiro dele com o dela. O perfume dele iria completar o dela? Ou iria estragar? Teria como tornar aquele cheiro melhor? Ela tomou um copo de água e voltou na direção contrária à antiga, passou por ele novamente e foi embora.

Ele continuava paralizado, estático e sem forças, no mesmo lugar que se encontrava ao sair da sala. Ele, mais do que nunca, era dela. Ela atingiu seu objetivo, e finalmente, conseguiu roubar o coração dele. Ele não queria seu coração de volta, ele queria que este continuasse batendo por ela. Ele queria poder chamá-la de 'minha' da mesma forma que ela podia chamá-lo de 'meu'. Era ele quem tinha esse efeito sobre as meninas, e não o contrário. Pela primeira vez ele se apaixonou, justo por ela, justo pela garota que não acredita no amor.

sábado, 10 de outubro de 2009

O mundo vai girar, e eu espero a minha vez.


Você ja percebeu em como a vida pode ser irônica? O mundo realmente gira, e derepente a sua vida está de cabeça para baixo, mas você é a última a perceber. As coisas realmente mudam rápido demais. Em um piscar dos olhos nada mais é do jeito que você havia deixado. Tudo está perfeitamente bem. Você tem alguém que faz seu coração disparar e relaxar a cada segundo, você tem uma melhor amiga na qual confia mais que em um diário, daria a vida por ela. Então você vai dormir, o seu coração aperta com aquela sensação de que na próxima batida dele, tudo pode desmoronar, o seu castelo pode voltar a ser apenas uma ruína. Apenas agradece por tudo estar no lugar e adormece. Quando o sol nasce novamente, tudo está diferente. Você descobre que a sua melhor amiga não era tão confiável, que seu namorado não te amava tanto assim. O vento mudou de direção, as pessoas mudaram de lugar, e subitamente, parece que você é a única pessoa que está fora de toda aquela sincronia. O seu castelo realmente desmoronou. Se tudo se ajeitasse tão rápido da forma como se estragam, seria mais fácil. Mas a cada vez que a sua vida volta às ruínas, o difícil é encontrar forças para retornar ao seu castelo, a aguentar a dor de cada lembrança e reconstruí-lo. E se as forças são inexistentes? E o que fazer quando, aos seus olhos, não há ninguém que possa te ajudar? Quando você está prestes a desistir, você percebe que naquelas pessoas, você nunca se encontrou, apenas se perdeu. E da forma mais inusitada, se reencontra. Vê que a sua melhor amiga, na verdade, era aquela que nem sempre esteve ao seu lado, mas sempre sabia as palavras certas a te dizer, mesmo que elas não fossem as que você queria ouvir. Que o cara que fará seus joelhos tremerem, é aquele que você achava que nunca ia rolar por alguma deferença que hoje é insignificante. O mundo girou mais uma vez. Demorou, mas girou. Talvez desmorone mais algumas vezes, talvez hoje seu castelo seja mais forte do que qualquer terremoto que o atinja. Só não esqueça que você ainda não conheceu a potência de um furacão. O que importa é o que você levou disso tudo. No fim cada segundo de sofrimento valeu a pena. Você aprende a ver as pessoas com outros olhos. Aprente a sentir com um segundo coração, um descartável. Aprende que o doce, não seria tão doce, sem o amargo.